A modelo e o papa

As imagens são, ao mesmo tempo, o lugar da verdade e da mentira, da realidade e da ficção, da objetivação e da encenação. Por isto a simulação, tanto no sentido corriqueiro do termo (fingir o que não se é), quanto na sua acepção militar (fingir o que poderá vir a ser ou que será) nelas se funda e delas procura tirar o maior partido. Curiosamente quando as técnicas de captação, de distribuição e de acesso à imagem se tornam instantâneas (isto é, quando todos podem tudo captar e tudo ver o tempo todo) mais cresce a dúvida sobre o que é visto; e, por conseqüência, maior passa a ser a margem da simulação.  Continuar lendo